quarta-feira, 21 de abril de 2010

FORMALMENTE IV . ALBERT RENGER-PATZSCH

GLASSES, 1927 ("DIE WELT IST SCHÖN"), ALBERT RENGER-PATZSCH

domingo, 18 de abril de 2010

FORMALMENTE III . AUGUST SANDER

YOUNG SOLDIER, WESTERWALD 1945, AUGUST SANDER.
PROVA DE GELATINA E PRATA EXPOSTA NO INSTITUTO DAS ARTES EM MINNEAPOLIS

sexta-feira, 16 de abril de 2010

INAUGURAÇÃO NO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO . FOTOGRAFIA DE ANDRÉ ALVES . 25 DE MARÇO DE 2010

DIAGRAMAS NA "N MAGAZINE" DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA



De 25 de Março a 10 de Abril de 2010 está em exposição, no átrio central do Instituto Superior Técnico, o projecto “Diagramas”. São trinta fotografias impressas em tamanho real que revolvem a maneira de pensar e representar o corpo humano. Os autores, André Alves, Filipe dos Santos Barrocas, Isabel Correia e Maria João Soares, fazem parte do Núcleo de Arte Fotográfica (NAF) do Instituto Superior Técnico.
“O projecto nasceu de uma formação experimental no âmbito do NAF. A proposta era trabalhar o movimento numa imagem estática”, diz Filipe Barrocas. “Rapidamente passamos para a ideia do corpo humano tendo como referência a importância da fotografia nos estudos anatómicos e fisionómicos do século XIX.”
A métrica dada pelos azulejos que servem de pano de fundo confirma essas referências e permite medir, comparar e relacionar cada corpo. “Tivemos especial cuidado com a iluminação, o distanciamento e a posição da câmara”, explica Filipe. “Era importante chegarmos a uma imagem tipológica.”
As fotografias são o resultado de três sessões em que voluntários posaram na casa de banho do pavilhão de exposições do Instituto Superior de Agronomia. “Ao todo fotografámos 45 pessoas, a maioria amigos de amigos, daí grande parte ter entre 20 a 30 anos”, acrescenta. Todos fotografados de costas, negando o princípio de retratar a pessoa através do seu rosto.

O intuito, diz André Alves, era “anular a individualidade dos corpos e quebrar certas dicotomias relacionadas com o género, perceber os limites da androginia”. Abala-se o gordo, o magro, o feio, e fica-se apenas com as diferenças volumétricas, simetrias ou assimetrias. Por outro lado, o nome da exposição, tal como é explicado por Filipe Barrocas, compreende mais que uma catalogação de corpos humanos. “Pensar num corpo como um diagrama é ao mesmo tempo reconhecer a sua singularidade, como se as costas de uma pessoa revelassem traços da sua história de vida”.
Paralelamente à exposição, foi colocado à venda um catálogo, com a explicação do projecto e as 45 imagens realizadas, e um caderno composto por 5 fotografias originais com as dimensões 18x24.
O Núcleo de Arte Fotográfica do Instituto Superior Técnico, que conta já com cinco décadas de história, tenta também expandir o seu trabalho fora de portas: a exposição, que já esteve também no Instituto Superior de Agronomia, segue, até Junho, pelas principais cidades universitárias do país.

www.revistan.org


Texto de Margarida Videira da Costa, Universidade Nova de Lisboa, Março de 2010